quarta-feira, 3 de junho de 2015

Professores da rede publica acampam em frente a Secretaria de Educação em São Paulo

(Abrindo uma exceção, já que o blog se trata de assuntos esportivos, mas se fez necessário).





Desde domingo, 31, professores da rede pública de educação do estado de São Paulo estão alojados em frente a Secretaria de Educação, localizada na Praça da República, como forma de protesto por emprego, salário e melhores condições de trabalho.



Além de reivindicar mudanças, eles pedem o apoio da população e doações, para se manterem no local. 



A permanência irá depender da Assembleia no Masp, que está acontecendo hoje (começou as 14h), decidindo o fim ou não da greve.

Em entrevista, um professor envolvido no movimento, Antônio Justino, 69 anos, há 47 na educação, conta que os professores não estão recebendo salário, nenhuma ajuda do Estado e grande parte está passando necessidade. Relatou que alguns tem medo de entrar na escola, graças a chamada "síndrome de burnout" (Que é causada por tensão emocional e estresse crônico, geralmente provocado por condições de trabalho desgastantes, tanto emocional, quanto psicológicas).




Quando perguntado se o movimento é uma forma de dizer “basta” ao governo, ele afirma: “Sim, queremos mostrar a todos que a luta dos professores é séria”. 
Apesar da idade e do tempo de serviços prestados, Antônio ainda não está aposentado. Ele relata que em 2001, foi demitido e isso o prejudicou muito, já que perdeu diversos benefícios e direitos. Justino afirma que a  manifestação é independente, já que eles não recebem nenhuma ajuda do sindicato.




As maiores dificuldades que os professores têm encontrado esses dias no local são o frio e claro, o descaso.

Imagens: Filipe Queiroz.
Entrevista realizada em 02/06.

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